Matéria da Revista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (Edição - Outubro 2012)
Mesmo com os inúmeros avanços relacionados aos estudos e ao tratamento, a dor ainda é um fator subestimado por grande parte da população e mesmo por profissionais da saúde. Nesta entrevista, o anestesiologista Dr. Maurício Nunes Nogueira, responsável pelo Serviço de Terapia da Dor no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta para a importância deste que é considerado o quinto sinal vital.
Atualmente, quais são as dores que mais levam pessoas aos prontos-socorros ou unidades médicas?
Dr. Maurício Nunes Nogueira – No mundo, as dores relacionadas ao reumatismo e à artrite são as campeãs de queixas. Aqui no Brasil, as dores na coluna lombar, assim como as neuropáticas são as mais relatadas. Pesquisas mostram que, das pessoas que sofrem com dor, uma parcela significativa fica parcial ou totalmente incapacitada de maneira transitória ou permanente, comprometendo de modo significativo sua qualidade de vida. Daí a necessidade
de se tratar adequadamente a dor.
E como seria este tratamento adequado?
Dr. Maurício Nunes Nogueira – Valorizar a dor é a primeira regra. Quer dizer, não podemos ignorar um sinal claro de que alguma coisa não está bem naquele organismo. Por isso, quando um paciente chega ao serviço médico fazendo qualquer referência a algum tipo de dor, a primeira coisa que devemos fazer é investigar para descartar as causas letais, ou seja, verificar se o paciente não está enfartando ou se não está sofrendo de um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Excluindo problemas que podem levar o paciente a óbito, parte-se para uma nova triagem até que se identifique o que está efetivamente causando o incômodo. Mas é importante que, neste momento, possamos oferecer conforto não apenas ao paciente, mas também aos familiares que provavelmente não querem ver um ente sofrer. Tratar a dor de forma agressiva é algo que permite melhorar as condições daquele paciente, até que possamos analisar as causas do incômodo com mais calma e precisão.
Solicite a revista na íntegra e leia toda a entrevista.
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